22 de junho de 2010 (Bibliomed). Um estudo apresentado nesta semana no Congresso Mundial de Cardiologia traz mais evidências de que a impotência sexual pode ser um sinal prévio de doença cardíaca. De acordo com os pesquisadores da Universidade Malaya, sete em dez homens internados por causa de um ataque cardíaco apresentavam disfunção erétil seis meses antes de irem para o hospital.
Envolvendo 111 homens sexualmente ativos, o estudo demonstrou que 75,7% tiveram problemas de ereção seis meses antes da hospitalização, e todos os pacientes com histórico de doença cardíaca isquêmica apresentavam disfunção erétil. Além disso, quase 25% dos 81 homens sexualmente inativos que não foram recrutados pelo estudo relataram disfunção erétil completa mais de seis meses antes da triagem.
Os especialistas explicam que a disfunção erétil e a doença arterial coronariana compartilham de muitos fatores de risco comuns e estão intimamente relacionados. A aterosclerose, por exemplo, pode ser a causa principal de ambas as condições, provocando inflamações generalizadas que podem progredir muito rapidamente pelo sistema circulatório. E os pesquisadores acreditam que a impotência precede a doença cardíaca porque as artérias do pênis são significativamente menores do que as coronarianas.
“Este estudo demonstra que devemos considerar que pacientes com evidências de disfunção erétil são de muito alto risco para o desenvolvimento de futuras síndromes coronarianas agudas. Curiosamente, o estudo também descobriu que todos os pacientes com história pregressa de infarto e disfunção erétil apresentavam ataques cardíacos recorrentes. Portanto, devemos triar e tratar esses pacientes de forma muito agressiva”, destacou o pesquisador S V Ramesh. “Homens que não são sexualmente ativos também devem ser avaliados de perto, pois um quarto deles tem disfunção erétil completa, que exige tratamento, e isso pode ser um prenúncio de doença arterial coronariana”, concluiu o especialista.
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